Os monolugares são, normalmente, a porta de entrada para o automobilismo para a maior parte dos jovens oriundos do karting, mas existe uma outra possibilidade que, inclusivamente, foi adoptada por Lando Norris – o Ginetta G40.
Habitualmente, a um jovem piloto que aspira a realizar qualquer tipo de carreira no desporto automóvel traça-se um caminho que o leva aos fórmulas depois de vários anos no karting, quase como sendo uma inevitabilidade.
Mas, na verdade, existe uma possibilidade que tem sido abordada, principalmente, por jovens talentos britânicos, sendo o exemplo mais evidente o de Lando Norris.
O piloto da McLaren, visto como um potencial Campeão do Mundo de Fórmula 1, depois da sua passagem pelo Karting, estreou-se no automobilismo no Ginetta Junior Championship, que admite apenas Ginetta G40 semelhantes aos usados pelo FPAK Junior Team no Supercars Endurance e Campeonato de Portugal de Velocidade, tendo esta competição sido as fundações do seu sucesso.
Existem ainda outros exemplos que passaram pela série do construtor inglês, como é o caso de Luke Browning ou Zack O’Sullivan, ambos a participar no Campeonato de Fórmula 3 da FIA com as cores da Williams Academy.
Para este interesse que suscita entre jovens pilotos e sucesso contribui o preço muito simpático de aquisição do Ginetta G40 – novo, inferior as 50 mil euros, em segunda mão, por menos de 30 mil euros –, assim como os baixos custos de manutenção para um GT.
Para além disso, as características técnicas são muito aproximadas às de um monolugar, com suspensão independente às quatros rodas de triângulos sobrepostos, motor Zetec 1.8 (semelhante aos dos Fórmula Ford) acoplado a uma caixa sequencial de seis relações com transmissão de diferencial autoblocante.
Com apenas 800 quilogramas de peso, o Ginetta G40 tem um comportamento que se assemelha bastante ao de um kart, mas permite já a qualquer piloto ter um primeiro contacto de uma forma simples com as afinações exigidas para que um carro possa ser mais rápido e se aproxime ao seu estilo de pilotagem, tudo isto apoiado por um sistema de telemetria.
No fundo, o ágil carro inglês permite a um jovem piloto dar o seu início no automobilismo tendo em vista realizar uma carreira nos monolugares ou nos GT, ou até apenas extrair prazer de condução dentro do campeonato mais importante da Península Ibérica.
“Estou a adorar a experiência no carro! Superou as minhas expectativas depois de ter feito alguns testes de Fórmula 4”, começou por dizer Duarte Pinto Coelho, um dos pilotos do FPAK Junior Team, que acrescentou: “acho um excelente carro para quem sai dos karts, um bom carro-escola, talvez dissesse assim, e uma excelente entrada para os GTs. Em relação à condução, é interessante em todos os aspetos, não tem uma velocidade ponta muito elevada, mas trava bastante bem e, sobretudo, tem uma excelente velocidade em curva. Estes fatores levam a que proporcione boas lutas, com ação em pista”.
Neste momento, existem já três Ginetta G40 em Portugal, os que fazem parte do FPAK Junior Team, que estão livres para alugar para o evento de Jerez de la Frontera (de 20 a 22 de Outubro), mas qualquer interessado poderá adquirir um, seja novo, à Ginetta, seja em segunda mão, são diversos os exemplares disponíveis.
Para Diogo Ferrão, o CEO da Race Ready, “estes carros são perfeitos para qualquer piloto que queira experimentar em competição as sensações de um GT, dando-lhe ainda as ferramentas necessárias para que possa progredir, dado que é um modelo que foi construído de raiz para o desporto automóvel e para que se possa aprender ao seu volante. Mesmo para pilotos que não tenham ambições de ter uma carreira, é também uma opção muito acertada, uma vez que dá um grande prazer de pilotagem. Temos já três unidades no nosso país, mas é muito fácil às equipas ou pilotos adquirirem um em Inglaterra e todos serão muito bem-vindos no Supercars Endurance e no Campeonato de Portugal de Velocidade”.
Seja para tentar replicar o caminho de Lando Norris, seja para dar um primeiro passo no automobilismo, o Ginetta G40 é uma opção que tem tudo para dar certo, podendo ser uma forma muito válida para ajudar a despontar novos talentos na Península Ibérica.
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